Temporada na Gold termina com vitória de australianos e com Filipinho de fora das próximas duas etap
O campeonato que começou ensolarado terminou bem chuvoso, principalmente quando se trata dos brasileiros. Desta vez, o Brazilian Storm não levou o caneco. A praia de Snapper Rocks, na Gold Coast australiana recebeu neste ano mais uma edição do Mundial de Surfe. Os melhores do mundo se reuniram para competir nas direitas dos sonhos.
A competição começou logo no segundo dia de janela e não deu trégua, teve atleta na água todos os dias até o fim da etapa, que foi na manhã do dia 16 de março do horário australiano. A praia lotava de fãs todos os dias, tinha muito sol, protetor e show de surfe. No último dia, a chuva resolveu aparecer e ficou por lá durante toda a competição, mas quem gosta do esporte não perdeu a chance de ver os locais disputando a final.
Neste ano, entre os que caíram já no round 2 estavam Kelly Slater, Julian Wilson, Miguel Pupo e o estreante Alex Ribeiro. Mick Fanning, Jeremy Flores, Jadson André, Wiggolly Dantas e Gabriel Medina foram derrotados no round 3. O nosso primeiro campeão mundial disputava com Stuart Kennedy, tentou recuperar na última onda com um 8.53, mas não foi suficiente e foi derrotado cedo da etapa.
Jadson André antes de ser desclassificado conversou com o Cola Aí e afirmou que se sente menos pressionado neste ano, pois o ano passado, segundo ele, foi muito estressante já que corria risco de cair do circuito: “Eu vi que eu estava fazendo as coisas erradas e que não estava sendo o Jadson que sempre fui”, disse o atleta. Além disso, Jadson comentou que as ondas de Snappers são perfeitas, mas que é um dos piores lugares do mundo para treinar devido ao “crowd”. O estreante Caio Ibelli começou bem, mas perdeu no round 5 contra Joel Parkinson.
Direto do round 4 para as quartas Felipe Toledo mandou um 10 que fez a torcida brasileira vibrar em Gold Coast. Até então, ele estava muito confiante no campeonato. Apostava em repetir o feito do ano passado e ainda afirmou que lida muito bem com a pressão: “Eu já sei como funciona, já sei como lidar então esse ano acho que vai ser mais tranqüilo. Estou bem confiante graças a Deus, estou me sentindo muito bem, minhas pranchas estão muito boas”.
Mas, infelizmente, durante um aéreo na semifinal contra o australiano Matt Wilkinson, Filipinho se machucou sério e, além de perder na competição, ficou fora das duas próximas etapas da Austrália. A lesão foi na cartilagem do fêmur esquerdo e em um músculo da virilha, mas o atleta afirmou que na etapa carioca já estará de volta.
Adriano de Souza perdeu nas quartas de final para o vencedor Matt Wilkinson que além de ganhar a etapa já levou a camisa amarela para a próxima temporada em Bells Beach.
Quando questionado se o Brasil já se tornou o país do surfe, Mineirinho afirmou que o futebol ainda alcança o país por toda parte, mas que está feliz que o surfe vem crescendo: “Ainda não tem como, o futebol tem uma visibilidade muito grande, já está no DNA, todo mundo é ligado e vidrado, mas fico feliz que os brasileiros no circuito vêm causando muito impacto e mostrando as reais cores da bandeira do Brasil”.
E não faltou comemoração para os australianos que acompanhavam o evento, já que o caneco da vez tanto da categoria feminina quanto da masculina foi local. Os vencedores foram Matt Wilkinson e Tyler Wright.
Agora, com a nova vitória, Matt Wilkinson fica com o primeiro lugar no ranking do CT e Kalohe Andino e Filipe Toledo ficam em segundo e terceiro, respectivamente. Tem muita etapa e muita onda pra rolar. Qual a sua aposta para o título deste ano?